Uma das perguntas que mais recebo em processos de M&A é:
“Quando contar para a equipe que estamos negociando uma venda ou captação? E quem deve estar envolvido?”
A dúvida faz sentido. M&A não é só um movimento financeiro ou estratégico — ele mexe com a cultura, com a rotina e, principalmente, com as pessoas.
O efeito da incerteza
Quando a equipe descobre cedo demais sobre uma negociação, o impacto costuma ser mais negativo do que positivo.
Surge um turbilhão de dúvidas:
- “Será que vou perder meu emprego?”
- “O que vai mudar no meu dia a dia?”
- “E se a negociação não se concretizar?”
Essa ansiedade pode comprometer a performance da empresa justamente no momento em que ela precisa estar mais forte.
O momento certo
A prática mostra que o melhor caminho é comunicar a equipe somente quando a transação está finalizada e todas as partes estão alinhadas sobre o impacto do “dia seguinte”.
Esse cuidado garante três pontos essenciais:
- Evita distrações — a operação segue focada até o último momento;
- Reduz ansiedade precoce — a comunicação vem acompanhada de respostas claras;
- Minimiza ruídos — não há espaço para especulações ou informações desencontradas.
Quem deve saber antes
Até a conclusão, a informação deve ser restrita a poucas pessoas:
- Sócios e acionistas, naturalmente envolvidos;
- Alguns líderes-chave, mas apenas quando sua participação for indispensável para a execução.

Em resumo
- Falar cedo demais gera ansiedade.
- Falar no fechamento traz segurança e clareza.
M&A é, acima de tudo, um exercício de gestão de expectativas. E a comunicação deve acontecer no momento em que traz confiança, não dúvidas.
E você? Já pensou em como comunicaria sua equipe em um cenário de M&A?